Kali
Mitologia

Kali


۞ ADM Sleipnir




Kali, do sânscrito Kālī काली (que significa, literalmente, A Negra), é uma deusa pertencente a tríplice hindu da criação, da preservação e da destruição. Ela é também uma das formas da deusa Parvati, que é a esposa do deus Shiva e sua força animadora. Deusa da morte e da sexualidade, é representada como uma mulher exuberante, possuidora de quatro braços, pele azul, os olhos ferozmente arregalados, os cabelos revoltos, a língua pendente, os lábios tintos de hena e bétele. Traz um colar de crânios em volta do pescoço e uma saia de braços decepados - expressando, assim, a implacabilidade da morte. Sempre é representada em pé sobre o corpo caído do esposo Shiva. Na mitologia hindu, Kali é uma manifestação da Deusa Durga.

Kali é uma das divindades mais cultuadas do Hinduísmo e é venerada na Índia como uma mãe. Ela é a fome insaciável do tempo, que dá a luz e depois devora. Crânios, cemitérios e sangue estão todos associados ao seu culto. A energia de Kali é incontrolável.

A celebração à deusa Kali Mãe acontece entre o final de outubro e o início de novembro. As cerimônias têm início nas residências dos devotos que recebem a marca da deusa em cor vermelha na entrada; são chamadas de Kali Bari, ou os “Lares de Kali”. Existem muitos templos dedicados a Deusa, espalhados em bosques, florestas, campos e montanhas.


A Batalha contra o Demônio Mahishasura

No primórdios dos tempos, um demônio chamado Mahishasura ganhou a confiança de Shiva depois de uma longa meditação. Shiva ficou agradecido por sua devoção e então lhe concedeu a dádiva de que cada gota de seu sangue produziria milhares como ele, que não poderiam ser exterminados nem pelos homens, nem pelos deuses. De posse de tamanho poder, Mahishaseura iniciou um reinado de terror vandalizando pelo mundo. 

As pessoas foram exterminadas cruelmente e até mesmo os deuses tiveram que fugir de seu reino sagrado. Os Deuses reuniram-se e foram se queixar para Shiva das atrocidades cometidas pelo tal demônio. Shiva ficou muito zangado ao ser informado de tais fatos. 

Sua cólera, por sentir-se traído em sua confiança, saiu do terceiro olho na forma de energia e transformou-se em uma mulher terrível. 

Shiva aconselhou que os outros Deuses também deveriam concentrar-se em suas shaktis e liberá-las. Todos os Deuses estavam presentes quando uma nova deusa nasceu e se chamou a princípio de Durga, a Mãe Eterna. Ela tinha oito mãos e os Deuses a investiram com suas próprias armas de poder: o tridente de Shiva, o disco de Vishnu, a flecha flamejante de Agni, o cetro de Kubera, o arco de Vayu, a flecha brilhante de Surya, a lança de ferro de Yama, o machado de Visvakarman, a espada de Brahma, a concha de Varua e o leão, que é o meio de locomoção de Himavat. 

Montada no leão, transformou-se em Kali, e cega pelo desejo de destruição atacou Mahishasura e seu exército. A Deusa exterminou demônio após demônio, exército após exército e um rio de sangue corria pelos campos de batalha, até que finalmente, decapitou e bebeu o sangue de Mahishasura estabelecendo novamente a ordem no mundo.


Logo após as batalhas Kali iniciou sua eufórica dança da vitória sobre os corpos dos mortos. Com esta dança todos os mundos tremiam sob o tremendo impacto de seus passos. Em muitas ocasiões, seu consorte Shiva teve de se atirar entre os demônios por ela executados e deixá-la pisoteá-lo. Esse era o único modo de trazê-la de volta à consciência e evitar que o mundo desabasse.

O Sequestro do Rei

Existe uma famosa história sobre um rei santo que foi sequestrado por um bando de ladrões para ser oferecido num sacrifício de sangue num templo de Kali. No entanto, Kali surgiu furiosa de dentro de uma de suas estátuas com sua hoste de fantasmas e demônios e pôde perceber as enormes virtudes desse rei santo. Kali então matou o líder dos ladrões e seu bando, provando que aqueles que têm boas qualidades são protegidos por Ela. As escrituras Védicas contam que quando os guerreiros vão para a luta costumam invocar o nome de Kali para o sucesso contra os inimigos nas batalhas.

Daruka

Um demônio chamado Daruka tinha um dom de que apenas uma mulher poderia matá-lo. Quando chegaram relatos de suas atrocidades, Shiva pediu a Parvati que o matasse. Então Parvati entrou no corpo de Shiva, e a partir do veneno que estava contido em sua garganta ela se transformou e reapareceu como Kali. Ela reuniu um exército de Pishachas que comem carne humana e com sua ajuda destruiu Daruka. O Skanda Purana amplia mais essa história. Kali não parou a destruição mesmo depois de matar Daruka. Embriagada pelo consumo do veneno e pelo sangue do demônio, Kali se tornou incontrolável, enlouquecida, e por suas atividades destrutivas colocou em perigo o equilíbrio cósmico. Finalmente, Shiva assumiu uma das formas da própria Kali e sugou dos seios dela todo o veneno. Depois disso, ela se acalmou.

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fontes: 
http://cantinhodosdeuses.blogspot.com.br
http://www.olhosdebastet.com.br/textos/KALI.htm
http://www.shri-yoga-devi.org




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