Mitologia


     Pã, antiga divindade, era o guardião dos rebanhos e tinha por missão fazê-los multiplicar. Deus dos bosques e dos pastos, protetor dos pastores, veio ao mundo com chifres e pernas de bode. Filho de Dríope, uma das Plêiades, e de Hermes, o mensageiro dos deuses, sendo considerado o deus intermediário, era natural que estabelecesse a transição entre os deuses de forma humana e os de forma animal.


     Pã foi abandonado por sua mãe no nascimento, assustadíssima com sua esquisita conformação, com pés de bode e chifres na testa e barba espessa. Quando Hermes levou o filho ao templo, todos do Olimpo ridicularizaram a criança. Em vista disto, Hermes pediu que a criança nunca o chamasse de pai.

     Pã era temido por todos aqueles que necessitavam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia provocava pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que eram atribuídos a Pã; daí o nome pânico. Os latinos chamavam-no também de Fauno e Silvano.

     As ninfas zombavam incessantemente de Pã em virtude do seu rosto repulsivo, ele tomou a decisão de nunca amar. Porém um dia desejando lutar corpo a corpo com Eros, foi vencido e abatido diante das ninfas que riam. 
     Percorrendo os bosques encontrou a ninfa Syrinx que jamais quisera receber homenagens das divindades e só tinha uma paixão: a caça. Aproximou-se dela e, como nos costumes campestres, lhe cortejou. Porém Syrinx, pouco sensível às declarações de amor saiu correndo e vendo-se detida, rogou ajuda às suas irmãs ninfas.

     Quando Pã quis abraçá-la, ela foi transformada em caniços. Suspirando sobre os caniços agitados, Pã ouviu um som e criou a flauta syrinx. O Cupido lhe anunciou que os sons amorosos da flauta atrairia, apesar de sua aparência grotesca, as belezas que o desdenhavam. Com efeito, em breve, os melodiosos acordes atraíram de toda parte as ninfas que vinham dançar em volta do deus chifrudo. A ninfa Pítis mostrava-se tão enternecida, que Pã renascia com a esperança, crendo que o seu talento faria com que fosse esquecido o rosto.

     Sempre tocando a flauta de sete tubos, começou a procurar lugares solitários e percebeu, finalmente, um rochedo escarpado no alto do qual resolveu sentar-se. Pítis segue-o e para melhor ouvi-lo, aproxima-se cada vez mais. Pã vendo-a tão perto, julga o momento oportuno para lhe falar. Pítis era amada por Bóreas, o terrível vento do norte, que naquele instante soprava com grande violência. Vendo a amada, teve um acesso de ciúme e não se contendo, soprou com tal impetuosidade que a ninfa caiu no precipício. Imediatamente o corpo de Pitis foi transformado em pinheiro. Pitis em grego significa pinheiro, consagrada a Pã. Por esse mesmo motivo, nas representações figuradas, a cabeça de Pã está coroada de ramos de pinheiro.


     O destino de Pã era amar sem que nunca conseguir se unir à criatura amada. Continuando a fazer música na montanha, ouviu no fundo do vale uma terna voz que parecia repetir-lhe os acordes. Era a voz da ninfa Eco, filha do Ar e da Terra. Embora a seguisse e ela respondesse, ele nunca conseguia alcança-la. Assim Pã residia em grutas e vagava pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas, trazendo sempre consigo uma flauta.

     Pã estava com outros deuses e surgiu Tífão, inimigo dos deuses. O medo transformou cada um dos deuses em animais e Pã assustado, mergulhou num rio e disfarçou assim metade de seu corpo, sobrando apenas a cabeça e a parte superior do corpo, que se assemelhava a uma cabra. Zeus considerou uma estratégia muito esperta e, como homenagem, transformou Pã na constelação de Capricórnio.






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