Mitologia
Ankou
۞ ADM Sleipnir
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"Quando o Ankou aparece, ele não vai embora de mãos vazias" - Provérbio Irlandês |
Ankou (em bretão: Ankoù) é a personificação da morte, e sua figura é oriunda do folclore dos países celtas. Ele seria a reminiscência de deuses relacionados à morte, que com a cristianização da Europa, acabaram sendo transformados em personagens folclóricos ou históricos. Ankou foi em grande parte esquecido na Cornualha, no País de Gales e na Irlanda, mas continua a fazer parte do folclore da Bretanha, onde passou a ser considerado um “auxiliar da morte”.
O Ankou possui muitas formas, sendo comumente representado como uma figura esquelética e desengonçada, com longos cabelos brancos e uma cabeça capaz de virar para todos os lados, possibilitando que ele enxergue em todas as direções. Ele usa um traje preto e um grande chapéu que esconde seu rosto. Às vezes ele é descrito como um ceifeiro, ostentado uma foice com um cabo composto de ossos humanos. Ele dirige um velho vagão ou uma carroça, puxada por cavalos negros ou pálidos (a quantidade deles varia de conto para conto), e geralmente surge acompanhado por duas figuras fantasmagóricas. Dizem que quando um vivo escuta o som do veículo rangendo não tardará a morrer. Também dizem que todos aqueles que vêem o Ankou morrem dentro de um ano.
Lendas
Existem muitas histórias envolvendo a figura do Ankou. De acordo com algumas delas, Ankou seria o primeiro filho de Adão e Eva. Na Bretanha, as histórias relatam que o Ankou é o fantasma da última pessoa à morrer no ano (embora ele seja sempre descrito como sendo adulto e masculino), e recebe a tarefa de recolher a alma dos outros mortos, antes de poder enfim ir para o além.
Uma história bem conhecida é contada no livro de mitos, lendas e músicas bretanhas, compilado e publicado em 1839 por Théodore Hersart de la Villemarqué, "Barzaz Breiz". Envolve a história de três jovens amigos que voltavam certa noite para casa embriagados. No caminho, encontraram um homem idoso vestido de preto sobre uma velha carroça de madeira. Dois dos amigos começaram a insultar o homem, depois atiraram pedras nele e quebraram o eixo de seu carro, antes de seguirem seu caminho. O terceiro amigo se sentiu mal, e decidiu parar e ajudar o homem. Ele substitui o eixo quebrado da carroça por um ramo e usa seus próprios cadarços para amarrá-lo ao carro. Na manhã seguinte, os dois amigos que tinham agredido o homem estavam mortos, enquanto aquele que ficou para ajudá-lo foi poupado, mas seus cabelos ficaram brancos.
Uma outra história alega que o Ankou foi no passado um príncipe cruel que tolamente desafiou a morte. O príncipe, propenso a acessos de raiva e ciúmes vício mesquinho, adorava caçar. O momento da morte, assim como a dor de seus companheiros, era como o leite da mãe dele. Uma noite, durante o Sabbath, o príncipe decidiu ter algum esporte em sua floresta. Enquanto perseguia um cervo branco (animal mágico encontrado em vários contos de fadas celtas), ele e seus companheiros se depararam com uma figura enorme e sombria, montada em um magnífico cavalo branco (outro símbolo da morte). Irritado por encontrar o misterioso homem em suas terras, o príncipe o desafiou a uma caçada ao cervo branco. Quem o matasse primeiro não só ficaria com sua carne e sua pele, mas também poderia determinar o destino do perdedor. O estranho prontamente concordou. Sua voz lembrando os homens reunidos do som das folhas raspando contra as paredes do castelo.
A caça terminou tão rápido que o príncipe mal podia gaguejar. Não importava o quão rápido ele galopasse, o estranho galopava mais rápido. Correndo pelos campos e montanhas, o estranho permaneceu na liderança, enquanto os ventos da noite balançavam sua capa de forma frenétcia. Enquanto o príncipe ainda preparava seu arco para atirar, o estranho já havia abatido o cervo.
Insatisfeito, o príncipe ordenou que seus homens cercassem o estrangeiro, gabando-se de que ele iria trazer dois troféus de volta para o seu castelo naquela noite. O estranho riu, e bradou:
"Você pode ficar com o cervo," ele disse, "e todos os mortos do mundo. Sua alegria é a caça ? Cace então! Seus troféus serão encontrados em lares e nos campos de batalha, e eles terão um cheiro fétido, caçador. "
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