Além de ser bastante ligado às artes, Apolo era o patrono das ciências. Seus símbolos são a lira, arco e flecha e o golfinho. Apolo significa para o consulente carisma, inteligência, harmonia, intuição, habilidade para as artes e músicas, bom gosto para estética, generosidade e simplicidade. Pode significar ainda aptidão para adivinhação e profetização.
Mais algumas atribuições à Apolo:
- Deus fecundo e purificador;
- Grande curador e médico, pai de Asclépio/Esculápio;
- Deus da harmonia e da música apaziguante;
- Comanda as Musas;
- Deus da profecia, inspira as Sibilas e Pitonisas, em Delos, Tênedos, Claros, Pátara, Cumas, e outros lugares importantes;
- É representado com raios ao redor da cabeça, e percorrendo o zodíaco num carro puxado por quatro cavalos brancos.
História
Depois de fecundada por Zeus, Leto sofreu uma perseguição implacável de Hera por toda a Terra. Conseguiu esconder-se e dar a luz na ilha flutuante de Ortígia, que, pouco depois do nascimento de Apolo, fixou-se no fundo do mar e recebeu o nome de Delos.
Apolo foi presenteado por Zeus com a lira de Hermes e com cisnes sagrados que comduziram o deus de Delos para o extremo norte do mundo, a terra dos Hiperbóreos, um local onde os homens viviam a felicidade plena. Lá, Apolo permaneceu por um ano, para depois retornar à Grécia.
Em Delfos, foi recebido com festas. Ali, matou com suas flechas infalíveis um dragão chamado Píton, que guardava um antigo oráculo de Têmis. Para purificar-se da morte de Píton realizou jogos fúnebres que deram origem aos Jogos Píticos (realizados de quatro em quatro anos em Delfos e que, juntamente com os jogos de Olímpia, deram origem às Olimpíadas).
Apoderando-se do oráculo de Têmis, Apolo fez dele o seu santuário. Consagrou uma trípode (uma espécie de banco com três pés) onde passou a se sentar uma sacerdotisa – a Pítia – para proferir oráculos. A trípode tornou-se um dos símbolos de Apolo.
Amores e Descendência
Apolo teve um grande número de amores, masculinos e femininos, mortais e imortais, mas geralmente não foi correspondido, ou quando foi, alguma tragédia interrompeu o romance. Aqui são citados apenas alguns, lembrando que de acordo com as várias fontes podem ser encontradas versões divergentes de cada história. Ovídio disse nas Metamorfoses que o primeiro amor de Apolo foi Dafne, uma ninfa, mas o amor acabou frustrado por Eros, que lançando sua flecha de chumbo contra a ninfa, fê-la rejeitar o deus, enquanto que dirigindo sua flecha de ouro para Apolo, provocou-lhe intensa paixão. Teve motivos para isso, pois Apolo havia desdenhado da habilidade do deus do amor com o arco e gabado suas próprias vitórias. Depois de ser incansavelmente perseguida por Apolo, Dafne suplicou para seu pai para que fosse transformada em um loureiro. Apolo declarou então que o loureiro seria sua árvore sagrada. Os vencedores dos Jogos recebiam uma coroa de folhas de loureiro. Ciparisso era especialmente afeiçoado a um cervo domesticado. Acidentalmente matou-o com seu dardo, e, inconsolável, pediu para Apolo, que o amava, para pranteá-lo para sempre. Apolo atendeu ao seu pedido transformando-o em cipreste, que tornou-se uma árvore símbolo do luto. Hermes e Apolo disputaram o amor de Quione, por sua grande beleza. Temeroso que Apolo a ganhasse, Hermes tocou seus lábios com o caduceu, fê-la dormir e a possuiu. Não obstante, Apolo, disfarçado de uma velha, penetrou no seu quarto e a amou também. De Hermes Quione concebeu Autólico, e de Apolo, Filamon, mas orgulhou-se demasiado disso, julgando-se mais bela que Ártemis. Então a deusa injuriada a matou. O pai de Quione, tomado pela dor, jogou-se de um penhasco, mas Apolo o transformou em uma águia feroz.
Corônis lhe deu como filho Asclépio, mas o traiu, e por isso morreu pela seta do deus ultrajado. Asclépio, tornando-se um mestre na arte de curar tão poderoso que podia ressuscitar os mortos, ameaçava com isso o poder soberano de Zeus, ultrajava Têmis e roubava súditos a Hades, pelo que foi morto pelo raio de Zeus. Para vingar-se, como não podia voltar-se contra seu pai, Apolo matou os Cíclopes, que haviam forjado os raios, e por isso foi castigado. Deveria ter sido desterrado para o Tártaro, mas graças à interferência de sua mãe o castigo foi comutado em um ano de trabalhos forçados como um mortal para o rei Admeto. Sendo bem tratado pelo rei durante sua expiação, Apolo ajudou-o a obter Alceste e a ter uma vida mais longa que a que o destino lhe reservara. Uma versão da história a amplia, e diz que enquanto Apolo estava entre os mortais ensinou-lhes a música, a dança e todas as artes e ofícios que tornam a vida mais agradável; ensinou às pessoas também os jogos atléticos, a caça, a contemplação da natureza e a percepção de suas belezas próprias, e todo o dia parecia um dia de festa. Os deuses, vendo que a vida na Terra se tornava mais aprazível que a sua, chamaram de volta Apolo para o Olimpo.Também disputou o amor de Marpessa com Idas, e Zeus ordenou que ela escolhesse entre ambos. Temendo ser rejeitada quando ficasse velha e perdesse sua beleza, ela decidiu por Idas. Desejou a princesa troiana Cassandra, e deu-lhe como presente o dom da profecia. Mesmo assim ela repudiou o deus, e Apolo a puniu fazendo com que ninguém acreditasse nela, embora suas profecias se revelassem depois sempre verdadeiras. Destino semelhante teve a Sibila de Cumas, que exigiu o prolongamento de sua vida em tantos anos quantos os grãos de areia que tinha na mão. Concedido o favor, ela negou seu amor, e então Apolo não revogou-lhe o dom, mas fez com que sua beleza e juventude não fossem preservadas ao longo de sua vida de milênios, envelhecendo até se tornar uma criatura horrenda, seca e encarquilhada, escondida dentro de um vaso, cujo único desejo era morrer. Entretanto, Apolo foi feliz com Cirene, uma ninfa, tendo o filho Aristeu, que se tornou uma deidade da vegetação e agricultura.
Amou tão intensamente o formoso Jacinto que, segundo Ovídio, esqueceu de si mesmo, do arco e da lira, e passava todo o seu tempo longe de Delfos entretendo-se com o jovem. Mas Jacinto também era o predileto do vento Zéfiro, que invejoso da primazia de Apolo sobre o coração do jovem, num dia em que eles jogavam o disco, desviou o lance de Apolo, e o disco atingiu Jacinto, matando-o. Cheio de tristeza, Apolo impediu que ele fosse levado por Hades, e o transformou em uma flor que recebeu seu nome. Uma das lágrimas de Apolo tocou numa das pétalas, deixando uma marca.Jacinto mais tarde recebeu um culto próprio importante, especialmente cultivado em Esparta, e festivais dedicados a ele ainda sobrevivem nos dias de hoje.Com Creúsa gerou Íon, o fundador mítico do povo jônico.De Dríope gerou Anfiso; com Hécuba, esposa de Príamo, às vezes se diz que gerouTroilo, príncipe de Tróia. De Manto, uma vidente, teve Mopso, um profeta. Teve ainda romances com algumas Musas: com Tália foi o pai da geração dos Coribantes, monstros seguidores de Dionísio, e com Urânia gerou os músicos Lino e Orfeu.
Alguns personagens históricos também são citados como filhos de Apolo: a tradição sobre Pitágoras o refere ou como um filho ou como uma verdadeira encarnação de Apolo e Ácia, mãe do Imperador Augusto, poderia ter sido engravidada pelo deus em forma de serpente, quando dormiu no seu templo.
fontes:
- Dicionário de Mitologia Grega e Romana, Mário da Gama Kury, Jorge Zahar Editor.
- Dicionário Mítico-Etimológico, Junito Brandão, Editora Vozes.
- Wikipédia
- http://loucurasdarapha.blogspot.com.br/2010/03/deus-apolo-deus-da-musica-da-medicina.html
- http://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/apolo-o-deus-da-profecia-da-beleza-da-medicina.htm