Folclore Japonês
Mitologia

Folclore Japonês


Folclore japonês é muito influenciado pelo Xintoísmo e pelo Budismo, as duas religiões primárias no Japão. Geralmente envolve personagens e situações engraçadas ou bizarras, e também inclui uma variedade de divindades, como bodisatva, kami (deuses e espíritos reverenciados), y?kai (espíritos que não tem conotação religiosa) (tais como oni, kappa, e tengu),y?rei (fantasmas), Dragões, e animas com poderes sobrenaturais, como akitsune (raposa), o tanuki (cão-guaxinim), a mujina(doninha), e o bakeneko (gato monstro).

O folclore japonês é normalmente dividido em várias categorias:?mukashibanashi?, contos de antigamente; ?namidabanashi?, histórias tristes; ?obakebanashi?, histórias de fantasmas;?ongaeshibanashi?, histórias de retribuição da bondade;?tonchibanashi?, histórias de sabedoria;?waraibanashi?, histórias engraçadas; e?yokubaribanashi?, histórias de ganância.

O folclore do Japão foi influenciado pela literatura internacional. Algumas histórias da Índia foram influencias para modelar as histórias japonesas, provendo-lhes assuntos. Assuntos indianos foram grandemente modificados e adaptados à maneira que tocasse a sensibilidade das pessoas comuns do Japão em geral. As histórias de macacos do folclore japonês foram influenciadas tanto pelas poesias indianas em sânscrito, quanto pela literatura chinesa clássica. As histórias mencionadas nos contos budistas Jataka aparecem em uma forma modificada através da coleção japonesa de histórias populares. No século 20, contadores de historias viajavam de cidade a cidade freqüentemente, contando essas histórias com ilustrações em um papel especial chamado kamishibai.

Algumas lendas japonesas bem conhecidas são:

A história de Kintar?, o Garoto Dourado superhumano.

Tamamo-no-Mae, a história da mulher-raposa má.

Taketori Monogatari, sobre uma garota misteriosa, chamada Kaguya-hime que diz ser da capital da lua.


Kintar?

Kintar? é um herói do folclore japonês. Menino dotado de uma força prodigiosa crê-se que ele foi criado por uma feiticeira do Monte Ashigara. Kintaro tinha uma especial empatia com os animais da montanha, e mais tarde, depois de derrotar o demónio da floresta Shuten D?ji, na região do Monte ?e, juntou-se às forças do Príncipe Minamoto-No-Yorimitsu, sob o novo nome de ?Sakata Kintoke. É uma figura muito popular nos drama de Noh e Kabuki, e é um costume por um boneco de Kintaro no dia das crianças para que elas sejam fortes e corajosas como o tal. Kintaro terá a sua origem, provavelmente na pessoa de um homem real chamado Sakata Kintoki, que viveu no periodo Heian e provavelmente veio de uma cidade que hoje é a atual Minami-Ashigara, o qual serviu Minamoto-No-Yorimitsu e se tornou conhecido pelas suas proezas como guerreiro.

Lenda

Há várias histórias sobre a infância de Kintaro. Numa delas, ele foi criado por sua mãe, a princesa Yaegiri, filha de um homem rico chamado Shiman-Ch?ja, na aldeia de Jizodo, perto do Monte Ashigara. Numa outra, sua mãe deu a luz onde é hoje a atual Sakata, de onde ela fora forçada a fugir devido à luta opondo o marido a seu tio. Então, ela finalmente se estabeleceu na floresta do Monte Ashigara para criar seu filho. A partir deste ponto a história se divide em duas versões, a mãe verdadeira de Kintaro o abandonou no mato ou ela morreu, e independente das duas versões ele foi encontrado pela feiticeira do monte e criado por ela. Outra versão diz que Kintaro foi criado por sua mãe, mas devido a aparência dela, foi apelidada de feiticeira do monte. Numa versão mais fantasiosa, a feiticeira do monte era a mãe verdadeira de Kintaro e ambos foram impregnados pelo trovão do Dragão Vermelho do Monte Ashigara.


Todas as lendas dizem que, apesar de ser uma criança, Kintaro era muito ativo e incansável, gordo e corado, vestindo apenas um babador com o kanji para ?ouro? estampado. Seu único outro equipamento era uma machadinha. Como não havia outras crianças na floresta, Kintaro se afeiçoou aos animais do bosque. Era fenomenalmente forte, capas de quebrar rochedos e arrancar árvores enraizadas. Os seus amigos animais serviam como mensageiros e montaria, algumas lendas dizem que ele até aprendeu a falar com os animais. Várias outras histórias contam que Kintaro lutava com demónios da montanha (Yokai), vencia ursos e ajudava os lenhadores locais a derrubar árvores. Já adulto, Kintaro trocou seu nome pelo de Sakata Kintoke. Foi pouco depois levado à presença de Minamoto-No-Yorimitsu, ao passar pela área ao redor do Monte Ooe. Impressionado com a enorme força Kintar?, Minamoto o tomou como um membro de sua guarda pessoal e levou-o para Kyoto. Lá Kintoki estudou as Artes Marciais, eventualmente se tornando o chefe do Shiten?n?, reconhecido por sua força e habilidades marciais. Ele finalmente voltou para sua mãe e levou-a para Kyoto junto com ele.

Tamamo-no-Mae 

Tamamo-no-Mae era uma cortesã a serviços do Imperador Japonês Konoe. Ela era a mulher mais bonita e a mais inteligente no Japão. O corpo dela misteriosamente sempre cheirou bem e sua roupa nunca se sujou ou se enrugou. Tamamo-no-Mae não era apenas bonita, mas também era extremamente inteligente, tendo incrível conhecimento em todos os assuntos. Embora parecesse ter somente vinte anos, não havia nenhuma pergunta que ela não poderia responder. Ela respondeu todas as perguntas feitas a ela sobre, música, religião ou astronomia. Por causa de sua beleza e inteligência, todos na Corte Imperial a adoravam, e o Imperador Konoe caiu profundamente em amor por ela.


Depois de um tempo, com Konoe dando atenção e carinho para a Tamamo-no-Mae, o Imperador misteriosamente adoeceu. Buscou respostas com muitos padres e filósofos, mas não teve sucesso com nenhum deles. Finalmente, um astrólogo, Abe no Yasuchika, disse ao Imperador que Tamamo-no-Mae era a causa da sua doença. O astrólogo explicou que aquela linda moça era na verdade uma raposa de nove caudas má (Kitsune), que estava tentando tomar o seu lugar no trono. Após o ocorrido, Tamamo-no-Mae desapareceu da corte. O Imperador requisitou Kazusa-no-suke e Miura-no-suke, os guerreiros mais poderosos na época, para caçar e matar a raposa. Depois de ter iludido os caçadores por um tempo, a raposa apareceu dentro de um sonho do Miura-no-suke. Mais uma vez sob a forma da linda Tamamo-no-Mae, a raposa profetizou que ele a mataria no dia seguinte, e implorou para poupar sua vida. Miura-no-suke recusou.


Cedo no dia seguinte, os caçadores encontraram a raposa na Planíce de Nasu, Miura-no-suke atirou e matou a criatura mágica com uma flechada. O corpo da raposa se transformou em Sessho-seki, ou Pedra Mortífera, que mata qualquer um ter tiver contato com ela. O espírito da Tamamo-no-Mae se transformou em Hoji e assombrou a pedra. Aquela pedra na prefeitura japonesa de Nasu foi assombrada por Hoji, até que um padre budista chamado Genno, ter parado para descansar perto da pedra e foi ameaçado por Hoji. Genno executou alguns rituais espirituais, e implorou ao espírito considerar sua salvação espiritual, até que finalmente Hoji teve piedade e jurou nunca mais assombrar a pedra outra vez.

Conto do Cortador de Bambu

O Conto do Cortador de Bambu (Taketori Monogatari), também conhecido como Princesa Kaguya, é uma narrativa popular japonesa do século X, é considerada a mais antiga narrativa japonesa existentee um dos primeiros exemplos de ficção protociência. Ele detalha principalmente a vida de uma garota misteriosa chamada Kaguya-hime, que foi encontrada quando bebê dentro do caule de um bambu brilhante. Ela se diz ser de Tsuki-no-Miyako (?A Capital da Lua?).


Fonte - yootaku




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