Silfos & Sílfides
Mitologia

Silfos & Sílfides


۞ ADM Sleipnir




Os Silfos (ou Sílfides) são um dos quatro seres elementais,  os que controlam os poderes do ar. São comumente associados as fadas ou até mesmo os anjos. Estes seres possuem uma alta  e sensível capacidade intelectual, com a qual inspiram a imaginação dos homens.

Embora a crença mais difundida seja a de que os silfos vivem entre as nuvens e nas correntes de ar, o seu verdadeiro lar é o topo das montanhas. 

Segundo os antigos, o trabalho dos silfos é modelar os cristais de gelo, formar os flocos de neve, reunir as nuvens. Nestas tarefas, são auxiliados pelas Ondinas (os elementais da água), que complementam os compostos. Os ventos são considerados pelos antigos como os próprios espíritos do ar em ação. Os silfos são os elementais mais elevados porque seu elemento nativo é o que possui a mais elevada freqüência de vibração. Vivem centenas de anos, até mil anos, e jamais desenvolvem sinais de velhice. 


Características

O temperamento dos silfos é alegre, volúvel e excêntrico. Eles possuem visão, audição, olfato e outros sentidos muito apurados. Apesar de serem seres sexuados, eles não são capazes de se reproduzir (apesar de haverem controvérsias quanto a essa afirmação), e seu ambiente é de grande perfeição; o ar é o elemento mais puro dentre os 4 elementais. Eventualmente, os silfos assumem forma humana, porém, por breves períodos de tempo. O tamanho varia mas, na maioria dos casos, os espíritos do ar não são maiores que um ser humano; freqüentemente, são menores. 

Acredita-se que tanto os silfos quanto as salamandras e as ninfas têm íntima relação com os antigos oráculos; que eram deles as vozes muitas vezes vindas do céu ou das profundezas da terra. 

Existem relatos de que os silfos já aceitaram seres humanos em suas comunidades, permitindo que vivessem ali por algum tempo; Paracelso escreve sobre um incidente como este em uma de suas obras.

Para alguns, as Musas Gregas poderiam ser sílfides, que se aproximam da mente durante o sono de poetas e artistas, inspirando-os com o seu profundo conhecimento das belezas e prodígios da Natureza. 

Em termos místicos, estes seres alados são tão rápidos quanto o pensamento e trazem mensagem dos Deuses. Eles representam também a liberdade espiritual. De acordo com a Alquimia, os silfos apresentam a mesma forma volátil do mercúrio, ou uma forma terrena de energia lunar: nem sólida, nem totalmente fluídica.


Sílfides

Sílfide é o nome designado de modo genérico as fadas do ar. A existência dessas fadas data do princípio dos tempos. Na mitologia grega já as conhecia e temiam, e as consideravam Senhoras do Ar e dos Ventos. 

A palavra "sílfide", como conhecemos atualmente, vem do latim "sylfiorum", silfo, gênio, espírito elemental do ar, e por derivação de "silfo" se criou a forma "sílfide", ninfa do ar. Como todos os elementos da natureza, a relação entre seu estado de ânimo e como se manifestam é muito direta. Enquanto são uns seres doces e delicados, outros são irritados e  responsáveis pelos ventos fortes, vendavais e furacões. 

Elas são espíritos muito belos, de pele branca e muito fina; altas e esbeltas se deslocam rapidamente sobre o ar. Apresentam um cabelo longo e solto, de cor escura, que se movem conforme as ondas do vento. Vestem-se com uma gase azul ou branca, para confundir-se com o vento. 

São elas que controlam o vento e delas dependem muitos fenômenos naturais: como o deslocamento das nuvens que provocam as chuvas e as tormentas; intervêm no movimento das águas, em maremotos; na primavera são fundamentais para a polinização, transportando pelo ar o pólen das flores e ainda com todos os fenômenos relacionados com o ar como a brisa, ciclones, etc. 

As sílfides são responsáveis pela purificação do ar e por manterem a pressão atmosférica. Esse trabalho é percebido nas mudanças alquímicas do tempo e ciclos de fotossíntese e precipitação. Esses seres são mestres, que expandem e contraem seus corpos de ar de níveis microcósmicos à macrocósmicos. Eles nos ajudam a conservar e desenvolver corpo e mente e estimulam a inspiração e a criatividade. Trabalham ainda, para elevar nossos pensamentos e inteligência, equilibrando o uso conjunto das faculdades racionais e intuitivas. Elas proporcionam rapidez mental, agilidade de idéias e tornam possível a telepatia. 

As sílfides podem ser invocadas para que nos conceda um desejo relacionado com o vento ou com o pensamento, como para agilizar negócios que envolvam papéis e trazer uma pessoa que nos interesse.



Nas culturas ao redor do mundo

Todas as tormentas e ventos estão associados aos seres do ar, desde a mais suave brisa, generalizada como um suspiro na Ilha de Man (Irlanda), até os grandes e destrutivos poderes das Monções Árabes, causadas pelo furioso Jinn. Em diferentes relatos folclóricos, desde os desertos árabes até a América do Norte e as Ilhas Britânicas, há referências que os tornados seriam produto de uma horda de espíritos feéricos enfurecidos. 

Na Lituânia, uma fada do ar chamada Vejopatis é a mestra criadora dos ventos gelados  carregados de água e neve. Na Finlândia, o antigo Ukko é o responsável pelos fenômenos climáticos, comandando os ventos e a chuva, as nevoas, as tempestades, os raios e os relâmpagos, tudo com um só movimento de suas gélidas mãos. Aqui na América, os espíritos dos ventos e os pontos cardeais são invocados em inúmeras práticas xamânicas. Ga-Ho, um benevolente manipulador de ventos, propicia e tranqüiliza as correntes de ar para facilitar a vida dos homens das Montanhas. 

Na mitologia grega encontramos a harpia, como a primeiras criatura alada descrita como desapiedada, cruel e violenta. Seu aspecto é horrendo e raptava pessoas e as torturava à caminho do Tártaro. As vezes era representada sobre as tumbas, apoderando-se do espírito do morto. As harpias personificavam os ventos violentos e as tempestades capazes de arrastar os homens para as mansões subterrâneas. 

A Fylgiar é uma pequena fada do ar que acompanha alguns homens durante toda a sua vida. Estas fadas aéreas, só podem ser vistas pela pessoa a qual protegem. São pertencentes a ampla mitologia nórdica e ensinam o caminho de Valhalla, o Salão dos Mortos escolhidos, onde permanecem junto de seu protegido, até que esse se sinta confortável com sua nova condição. 

Tais fadas são oriundas da Islândia, uma ilha situada no atlântico norte, entre a Noruega e a Groelândia, onde segundo dizem, cada vez que uma criança islandesa nasce e escuta-se um grasnido, ela será especial e terá durante toda a sua vida a companhia de uma fada, uma presença conhecida pelo nome de Fylgiar.








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