O Inferno: Parte III - Principais Mitologias
Mitologia

O Inferno: Parte III - Principais Mitologias


۞ ADM Dama Gótica

Tártaro (Mitologia greco-romana)


Na mitologia grega, o Tártaro é personificado por um dos deuses primordiais, nascidos a partir do Caos. Suas relações com Gaia geraram as mais terríveis bestas da mitologia grega, entre elas o poderoso Tifão.

Assim como Gaia é a personificação da Terra e Urano a personificação do Céu, Tártaro é a personificação do Mundo Inferior. Nele estão as cavernas e grutas mais profundas e os cantos mais terríveis do reino de Hades, o mundo dos mortos, para onde todos os inimigos do Olimpo são enviados e onde são castigados por seus crimes. Lá os Titãs foram aprisionados por Zeus (Júpiter), Hades (Plutão) e Poseidon (Netuno) após a Titanomaquia.

Na Ilíada, de Homero, representa-se este mitológico Tártaro como uma prisão subterrânea 'tão abaixo do Hades quanto a terra é do céu'. Segundo a mitologia, nele são aprisionados somente os deuses inferiores, Cronos e outros titãs, enquanto que os seres humanos, são lançados no submundo, chamado de Hades.

Di Yu (mitologia chinesa)

Na mitologia chinesa, Di yu é o "inferno" ou "reino dos mortos". É vagamente baseado em uma combinação de conceitos budistas e crenças tradicionais chinesas sobre a vida após a morte, além de uma variedade de expansões populares e reinterpretações dessas duas tradições.

Di yu é normalmente retratado como um labirinto subterrâneo com vários níveis e câmaras, para onde as almas são enviadas após a morte para se redimirem dos pecados que cometeram quando estavam vivos. 

O número exato de níveis em Di yu e suas divindades associadas diferem entre interpretações budistas e taoístas. Alguns falam de 3 a 4 "tribunais"; outros mencionam "10 Tribunais do Inferno", cada um dos quais são governados por juízes conhecidos coletivamente como "Os Dez Yama (deus irado)". Há ainda outras lendas chinesas que falam sobre "18 níveis do Inferno". 

Cada tribunal lida com um aspecto diferente de redenção e punição. A maioria das lendas afirmam que os pecadores são submetidos à torturas horríveis até suas "mortes". E logo após são restaurados ao seu estado original para que a tortura possa ser repetida. De acordo com as idéias do taoísmo e budismo, o Diyu é um purgatório, que serve para punir e renovar espíritos em preparação para a reencarnação em sua próxima vida. Muitas divindades, cujos nomes e propósitos são acertar contas pendentes, estão associados com Diyu. 

Helheim (mitologia nórdica)

Helheim (Helgardh, também conhecido como Hel) ou "Mundo Subterrâneo", é um dos nove mundos da mitologia nórdica, localizado abaixo da terceira raiz de Yggdrasil, é o reino mais frio e baixo na ordem total do universo.

Este lugar é o domicílio dos mortos, governado pela deusa Hel, cujo nome é compartilhado com o próprio lugar. Neste mundo ficam amontoados todos aqueles que morreram sem glória em campos de batalha, que morreram de doença ou mesmo velhice. É também um plano onde o silêncio e certa inércia predominam, mas as almas veem para o Hel repousar e esperar pelo dia de renascer. 

O plano também pode ser alcançado por uma ponte larga e escura, protegida pela ajudante da deusa homônima, Mordgud ou Modgudr. Algumas fontes dizem que Helheim conteria outros nove mundos, mundos esses equivalentes a um lado negativo dos nove mundos originais da Yggdrasil.

Teoriza-se que foi em Helheim que Odin descobriu as runas enquanto estava enforcado, sacrificado a si mesmo, na Yggdrasil. Segundo é dito no Hávamál, parte da Edda Poética, ele 'olhou para baixo' quando as descobriu e recolheu. Por isso, Helheim seria um importante lugar iniciático.

Duat (mitologia egípcia)

Duat (também conhecido como Tuat, Tuaut, Akert, Amenthes ou Neter-khertet) é o submundo na mitologia egípcia. O Duat é uma vasta área sob a Terra, ligados à Nun (as águas do abismo primordial), é também o reino do deus Osíris e residência de outros deuses e seres sobrenaturais. Esta é a região através da qual o deus-sol Ra viaja de oeste para leste durante a noite, e onde ele lutou contra Apep.

Este também é local para onde as almas das pessoas se destinavam após a morte, embora isso não fosse toda a extensão da vida após a morte, pois as câmaras funerárias formavam passagens entre o mundo mundano e do Duat, e os espíritos poderiam usar túmulos para passear entre a terra e o Duat. 

Tudo que se sabe sobre o Duat deriva de textos funerários tais como Livro de Gates, Livro de Cavernas, Textos Coffin, Amduat e o Livro dos Mortos. Cada um destes documentos tem uma finalidade e dá uma perspectiva diferente sobre o Duat. Devido as suas singularidades cada texto pode ser inconsistente com o outro.

Mag Mell (Mitologia irlandesa)

Na mitologia irlandesa, Mag Mell ("planície da alegria") é um reino mítico onde só se pode chegar através da morte e/ou glória. Ao contrário do submundo em algumas mitologias, Mag Mell é um paraíso prazeroso, identificado como uma ilha distante a oeste da Irlanda ou um reino no fundo do oceano.

No entanto, Mag Mell é semelhante aos Campos Elíseos na mitologia grega e, como tal, é acessível apenas a um grupo seleto. Geralmente é retratado como um local habitado por divindades, que ocasionalmente é visitado por alguns mortais aventureiros. Neste outro mundo, a doença e a morte não existem. É um lugar de eterna juventude e beleza, a felicidade dura para sempre, e não se precisa comer ou beber.

Yomi-no-Kuni (mitologia japonesa)

Na mitologia japonesa e no xintoísmo, Yomi é a palavra que denomina o mundo dos mortos. Suas saídas são guardadas por criaturas terríveis e é para onde os mortos vão para, aparentemente, apodrecer por tempo indefinido. Uma vez caída e alimentada pelo fogo ao centro de Yomi, a alma nunca mais poderá voltar para a terra dos vivos.

Esse reino dos mortos aparenta ter uma continuação geográfica com o mundo dos vivos, mas não  seria descrito como o inferno, onde se sofre pelos pecados passados. Em vez disso, todos os mortos lá seguem uma existência de escuridão, decadência e melancolia, não importando o seu comportamento quando vivo. Muitos estudiosos acreditam que a imagem de Yomi é derivada das tumbas antigas japonesas onde corpos eram deixados por algum tempo para a decomposição. Após a chegada do Budismo o Yomi passou a ser considerado também um dos infernos Budistas no Japão.

A grande deidade e líder de Yomi é  Izanami-no-Mikoto. A entrada para Yomi fica na província de Izumo, e foi selada por Izanagi-no-Mikoto, bloqueada permanentemente por uma enorme pedra. Ao voltar para Ashira no Nakatsukuni, Izanagi notou que Yomi é uma "terra poluída". Essa sua opinião reflete a associação tradicional do xintoísmo entre morte e poluição.

Mictlan (mitologia asteca)


Mictlan é o submundo da mitologia asteca. A maioria das pessoas que morrem vão para o Mictlan, embora existissem outras possibilidades. Ele esta localizado distante ao norte, e consiste em nove níveis distintos.

A viagem do primeiro ao nono nível era difícil e demorava quatro anos, mas os mortos eram ajudados por Xolotl. Os mortos tinham de enfrentar muitos desafios, tais como atravessar uma cordilheira, onde as montanhas se chocavam umas contra as outras, um campo com o vento que soprava facas que raspavam a carne, e um rio de sangue com temíveis onças.

Mictlan era governado por um rei, Mictlantecuhtli ("Senhor do Submundo") e sua esposa, Chalmecacihuilt ("Senhora do Submundo"). Outras divindades em Mictlan eram Cihuacoatl (que comandou os espíritos de Mictlan chamados de Civatateo), Acolnahuacatl, Chalmecatl e Acolnahuacatl.

Annwn (mitologia celta)

Na mitologia galesa Annwn era o Outro Mundo, a terra das almas que partiram deste mundo. Governado por Arawn, ou muito posteriormente, por Gwynn ap Nudd, era basicamente um mundo de delícias e eterna juventude, onde não existem doenças e há sempre fartura de comida. Annwn é semelhante a Mag Mell. É dito que Annwn pode admitir pessoas ainda vivas, desde que elas encontrem a sua porta.

Xibalba (mitologia maia)

Na mitologia maia, Xibalbá é o mundo subterrâneo governado pelos deuses da doença e da morte: Hun-Came e Vucub-Came. O Xibalbá é conhecido principalmente pela sua descrição no Popol Vuh (livro com várias lendas pertencente à cultura maia). 
Clicando aqui você pode ler a postagem especifica sobre Xibalba






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