Centauro
Mitologia

Centauro


     Na mitologia grega, os centauros  são uma criatura com a cabeça, braços e dorso de um humano e no corpo e pernas de um cavalo.



     Os centauros eram seres fantásticos, meio homens, meio cavalos, que habitavam as regiões próximas às montanhas e às florestas. Eles reuniam em si as características racionais dos seres humanos e as paixões inferiores, mas também alguns valores importantes dos cavalos, do ponto de vista da mitologia grega.
     Dizem as lendas que seu ancestral era Ixion, soberano dos lápitas, que viviam nas redondezas dos montes Pélion e Ossa, na Tessália. Eles eram socializados, mas eventualmente revelavam-se indomáveis e muito violentos. Ixion, o primeiro homem a liquidar um familiar, pertencia à linhagem de Peneu, o deus-rio, mas também podia ser integrante de outro ramo genealógico, o de Sísifo, de acordo com outra tradição cultural.



     Conta-se que Ixion foi condenado por crimes terríveis e perdoado por Zeus em um momento de extremo bom-humor. Acolhido no reino dos deuses, o criminoso revelou sua mais completa ingratidão ao cortejar Hera, esposa de seu benfeitor. Ainda em seus melhores momentos, o deus dos deuses gera uma nuvem com o formato da deusa, confere-lhe a existência e se distrai vendo seu rival desonrar a falsa Hera. Mas Ixion vai além e se orgulha diante de todos por ter alcançado seus objetivos escusos com a companheira de Zeus. É quando o condescendente deus esgota sua capacidade de tolerância e atira o infeliz no Hades ? o qual corresponde ao inferno na visão mitológica -, fixo em uma roda que para sempre arderia em chamas.




     Desta ligação entre Ixion e a suposta Hera foi concebido um ser misto, meio homem e meio cavalo, o qual foi batizado como Centauro ou Kentauros, que depois daria origem a uma descendência assim caracterizada. Destes seres, apenas Quíron e Folo fogem ao estereótipo colérico de seus semelhantes. O primeiro foi fruto da união entre Cronos e Filira, filha do Oceano; o segundo provinha do relacionamento entre Sileno e a ninfa Melos. Portanto, nenhum dos dois era descendente de Ixion, resguardando-se assim de sua truculência.

     Quiron foi celebrizado pela sua dedicação à arte de curar. Ele era extremamente devotado à Humanidade, à prática do bem e da justiça. Alguns estudiosos afirmam que sua mãe se desgostou tanto por ter produzido uma criatura aparentemente monstruosa, que teria implorado aos deuses que a mantivessem à distância dessa provação, sendo assim convertida em tília, uma árvore que produz folhas e flores medicinais.    
     Outros insistem que a figura materna teria permanecido ao lado de seu filho em uma caverna, assessorando-o na formação de diversos jovens guerreiros.

     Ao crescer, Quiron teria acompanhado a deusa Diana em suas aventuras de caça. Assim ele teria conquistado o domínio de várias disciplinas, entre elas a botânica, astronomia, medicina e cirurgia. Ele se tornaria hábil na Medicina, transferindo depois suas técnicas a vários heróis gregos. Amigo de Hércules, ele foi acidentalmente atingido pelo companheiro, o que gerou um ferimento incurável. Desesperado com a dor, ele implora para se tornar um mortal, presenteando Prometeu com sua imortalidade. Mas é imortalizado de outra maneira, pois Zeus, em sua homenagem, o representa na esfera celestial com a Constelação de Sagitário.



     Outro centauro morto sem querer por Hércules foi Folo, seu grande amigo. Ao receber uma visita do herói, ele se alegra tanto que decide abrir uma garrafa de vinho para comemorar. Outros centauros, atraídos pelo aroma da bebida, invadem a casa onde eles se encontram e são alvejados pelo guerreiro que, em sua ânsia de vencê-los, acerta acidentalmente Folo, que não resiste e morre.

     Os centauros são conhecidos também por sua famosa participação no confronto com os Lápitas. O monarca de Pisa, Enomau, teria convidado alguns destes seres para o matrimônio de sua filha, a quem o pai destinara ao adversário que o vencesse em uma corrida de carros. Após eliminar vários de seus rivais, ele foi enganado por Piritos, que finalmente derrotou o sogro depois de Mirtilo, o cocheiro, ter arruinado as rodas do carro do rei.



     Durante a festa, o centauro Erítion bebe em demasia, tenta violar a noiva, no que é imitado por seus companheiros, dando início a uma terrível luta contra os homens. Os centauros remanescentes fogem então da Tessália. Muitos escritores da Antiguidade narraram este episódio sob a forma de poesia épica; vários artistas o retrataram em obras de arte concebidas para adornar os templos gregos.

     Cenas da batalha entre os Lápitas e os centauros foram esculpidas em baixo relevos no friso do Partenão, que estava dedicado à deusa da sabedoria Atena.



Cultura Popular



     Na popular série de livros de C. S. Lewis, As Crônicas de Nárnia os centauros são retratados como criaturas sábias e nobres. Eles são dotados de observação de estrelas, profecia, cura, e guerra, uma raça feroz e valente sempre fiel ao Alto Rei Aslan o leão.

Na série de J. K. Rowling, Harry Potter os centauros são retratados como seres inteligentes e orgulhosos. Centauros vivem na Floresta Proibida perto de Hogwarts. Embora diferentes daqueles observados em Nárnia, eles vivem em sociedades chamados rebanhos e são hábeis em cura, arco e flecha, profecia e astrologia. Apesar das representações no cinema, que incluem muito animalescos, características faciais, a reação das meninas de Hogwarts para Firenze sugere uma aparência mais clássica.

Na série de livros Percy Jackson e os Olimpianos de Rick Riordan Eles são vistos como os festeiros que usam muita gíria americana, que são considerados selvagens e sem civilização. Quíron é mais como os centauros clássicos(da mitologia grega), fiel, sendo treinador dos heróis e qualificados no tiro com arco e sábio com Percy.

Na série Fablehaven de Brandon Mull Os centauros são retratados como um grupo, orgulhoso elitista de seres que se consideram superiores a todas as outras criaturas. O quarto livro também tem uma variação da espécie chamada de Alcetauro, que é parte homem, parte de alce.

No livro de Michael Ende A História Sem Fim há Cairon um centauro sábio. Centauros são vistos no filme Fantasia (Disney)






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